quarta-feira, 20 de abril de 2011

Relatório Tejupeba

Fazenda-Colégio Tejupeba

No dia 16 de Abril de 2011, a turma de História da Universidade Federal de Sergipe foi à uma excursão, organizada pelo Prof. Dr. Antonio Lindvaldo, como parte das atividades praticas da disciplina História de Sergipe I.
Saímos às 8:30 da manhã do local de encontro da turma, antigo Banco do Brasil, situado na parte interna da UFS. O primeiro local visitado foi a Fazenda-Colégio Tejupeba situado em Itaporanga a qual ficamos até 12:00.
Ainda no ônibus, foram sorteadas pelo prof. Lindvaldo duas equipes para que uma fosse primeiramente ao colegio e a outra à Igreja, sendo qucada grupo teria que encontrar envelopes encondidos entre os compartimentos do local visitado. Essa brincadeira foi elaborada didaticamente pelo grupo que apresentou o seminario sobre Tejupeba, com o intuito de ajudar-nos a entender e explorar melhor o local.
Tivemos também como acompanhante o Prof. Msc. Claudefranklin, que avaliou dois grupos responsaveis pela apresentação de dois textos também escalados para se apresentarem alí no local. Os Seminários de Patrimônio Cultural foram apresentados abaixo de uma àrvore onde os grupos falaram o que tinham entendido dos textos sobre legislação e tombamento patrimonial, ainda embaixo dessa árvore, cada grupo escolhido para visitar os respectivos lugares falou um pouco do que viu e achou interessante sobre o local. Já os de Tejupeba foram apresentados dentro da Igreja, em que cada aluno falou um pouco sobre a história do local, a sua linha cronológica, os respectivos proprietários, a arquitetura do local, qual o sentido e por quais razões os jesuítas chegaram alí.


Colégio Tejupeba
Chegando lá, a minha equipe foi visitar, primeiramente o Colégio dos Jesuítas, tratando-se de um prédio do séc. XVII construído quase que predominantemente em madeira, matéria-prima muito encontrada na região; possuindo muitos compartimentos, separados entre si através de portas; havia também um andar com mais alguns compartimentos ou salas pequenas, várias janelas e portas. Observa-se também que o chão do local nao é totalmente plano, como se algumas salas fossem mais importantes que outras. A escada também era de madeira, com uma portinha abaixo desta, além disso encontramos algumas mesas e uma prensa que servia para produzir pisos; percebemos que as portas e janelas tinham a cor verde e que a faixada possuia desenhos representando asas de morcego, preparadas com conchas.
Conclusão: Tivemos a impressão que aquele Colégio possuia uma estrutura de casa, pois seus compartimentos são pequenos e em grande quantidade, além de sua portas constituirem uam forma de labirinto, levando sempre ao mesmo lugar, só existindo, muitas vezes, enternamente e nao podendo serem vistas do lado de fora.

Sobre a Igreja
Após visitarmos o Colégio, nos reunimos abaixo de uma árvore com o restante da turma e os prof°s para debatermos sobre o que achamos de mais importante no local, após isso fomos à Igreja e o outro grupo foi ao Colégio.
Chegando à Igreja, temos a impressão, externamente que se tratava de um local rico, com vários detalhes na sua arquitetura e várias janelas. Entretanto, ao entrarmos nos deparamos com um lugar, ainda amplo mas pobre em detalhes, com apenas três janelas acima, o piso todo em madeira sendo que algumas tábuas deterioradas pelo tempo, chegando uma parte a afundar, um altar principal e dois ao lado, sempre nas cores azul e branco, que era uma tática pois o branco ajudava na iluminação e também era a única matéria-prima existente àquela época naquele local; em frente ao altar estavam localizadas três catacumbas de pessoas importantes, como os antigos proprietários, além de logo atrás desse altar estarem situadas mais duas catacumbas, uma do barão e a outra da baronesa de Estância.
Ao lado, vimos dois corredores que servem para formar a nave da Igreja, sendo que o da esquerda possuía uma escada, dando acesso ao primeiro andar, uma forma de arquibancada que possibilitavam maior visão da Igreja; além disso, nesse andar havia uma entrada, com o piso um pouco maias abaixo levando a um galpão que possuía uma janelinha também dando visão a toda igreja, ainda nesse andar estava situado um confessionário.
Ali na Igreja, o grupo do Seminário nos fala um pouco da História da Fazenda-Colégio Tejupeba, começando a explicitar que os jesuítas não chegaram àquele local ao acaso e sim por se tratar de um local fértil, com fornecimento de madeira de boa qualidade além de ser um lugar estratégico de visão do Rio Vaza-Barris e de fácil circulação para o capital. Os Jesuítas construíram a Igreja com o intuito de catequização e de atrair mais fiéis
Os alunos ainda nos contam que aquele Colégio não era em si uma escola  padrão, mas sim um local de moradia os jesuítas, sendo chamada  de Casa-Grande e que era também utilizada na catequização dos curumis, onde era ensinado o pai-nosso etc.
O padrão Europeu também foi trazido, sendo evidenciado pelo fato de a Igreja está um pouco distante do Colégio mas um de frente para o outro, com todos os requisitos do barroco religioso Português, formando um conjunto como se houvesse uma simulação de cotidiano.

Visão geral
Com a chegada do Governo do Marquês de Pombal, os jesuítas são expulsos do Brasil, não sendo diferente com os de Tejupeba onde essa Fazenda foi leiloada sendo comprada em 1764 Domingos Dias Coelho que a doa ao seu filho Antônio Dias Coelho, futuro barão de Estância que introduz ali um engenho,construindo senzalas e outra casa-grande, ele é inovador uma vez que traz inovações e maquinários como a tecnologia a vapor. Após isso, em 1920, a Fazenda é vendida a Nicola Mandarino, um roço industrial, italiano que a compra apenas por posse, a essa época um grande valor comercial, a terra. A família Mandarino até os tempos atuais possuem influência no local, sendo a maioria políticos. Atualmente a Fazenda-Colégio tem como proprietária a senhora Ruth que já está numa idade avançada, mas lúcida, lembrando-se bem da sua juventude, nos contando que aquela igreja já foi paco de muitas celebrações como casamentos e batizados.

Conclusão: A fazenda-Colégio Tejupeba não é mais a mesma, uma vez que foi dividida em 3três povoados, sendo o terreno atual um terço do que era no séc. XVII.  A casa grande foi demolida, sendo construída uma nova casa, moderna; as senzalas, atualmente servem de moradia para os empregados da Fazenda. Entretanto, apesar de ter tido vários proprietários e várias alterações, o local possui muitas características do período em que os jesuítas ali estiveram evidenciando a grande influência destes; a estrutura arquitetônica é uma das maiores marcas da presença jesuítica em Tejupeba.

Críticas: Apesar de serem tombados como patrimônio histórico, tanto o Colégio quanto a Fazenda Tejupeba não são preservados, nem restaurados. O primeiro andar do Colégio quase não pode ser visitado, uma vez que o piso, de madeira está deteriorado com a maior parte das madeiras soltas ou em estado de decomposição, dificultando o acesso. A Igreja também possui um estado lastimável, com uma parte do seu piso também deteriorado, a escada possui degraus soltos, o altar está parcialmente destruído e o telhado já desmoronou tendo que ser colocado em seu lugar, telhas modernas, perdendo a sua originalidade.
Com o passar do tempo a Fazenda Teju-Colégio Tejupeba foi perdendo a sua funcionalidade, hoje usada apenas para poucas visitações, ficando explícito que o tombamento não é garantia de preservação do bem histórico

Nenhum comentário:

Postar um comentário