quarta-feira, 15 de junho de 2011

Relatório sobre a apresentação do Seminário sobre São Cristovão

Os alunos do curso de história da Universidade Federal de Sergipe, como parte das atividades da disciplina História de Sergipe I, tendo como prof. Antonio Lindvaldo apresentaram um Seminário sobre São Cristóvão que estava previsto para ser efetuado na própria Cidade, mas por eventualidades este foi realizado na própria sala de aula.
O Seminário estava previsto para ser realizado no dia 13 de Junho de 2011 às 9:00 mas por problemas no Data-Show aconteceu com alguns minutos de atraso. O grupo apresentador era comporto por 7 alunos e apresentação foi dividida em duas partes, sendo a primeira visando responder o motivos da fundação de São Cristóvão e da colonização de Sergipe; já a segunda parte traz as versões da historiografia  clássica acerca da conquista e efetivação de Sergipe, tendo como autores Sérgio Buarque de Holanda e Ronald Raminelli.
O Seminário começou com o objetivo responder à pergunta de porque da construção de São Cristóvão. A Conquista de Sergipe foi fruto dos interesses dos Portugueses, que tinham em vista a Guerra Santa ou seja na visão destes poderiam dizimar e escravizar para levar àquele povo a civilização. Através dos jesuítas podia-se disseminar o catolicismo, outro objetivo. Além disso encontra-se a praticidade do colonizador, que para a obtenção de lucros dizimavam e escravizavam os índios sem procurar entender a vida e a cultura destes.
Logo após apresenta-se os motivos da Conquista de Sergipe, em que seus financiadores se dividiam entre a Coroa Portuguesa, os criadores de gado e os senhores de engenho cada um com seus determinados objetivos. Os senhores de engenho visavam ligar a Bahia a Pernambuco sem a preocupação de ataques indígenas. Os criadores de gado visavam implantar em Sergipe currais para aumentar essa atividade além do desejo de terras. A Coroa queria efetivar seu poder e acabar com os escambos que estavam ocorrendo no território entra os indígenas e os franceses que contrabandeavam pau-brasil.
Seguindo mostra-se a primeira tentativa de conquista de Sergipe que ocorreu em 1575 pelo Governador  Luiz de Brito onde houve grande massacre de indígenas e que foi um fracasso pelo fato de não ter havido um marco da conquista, um sinal além de o número de indígenas escravizados ter sido pequeno em relação aos que foram mortos.
A Conquista de Sergipe ocorreu em 1590 atendendo aos mandos do Rei Felipe I, que governava também Portugal devido a União Ibérica. O Rei exigia que se reprimisse o índios que faziam escambo com os Franceses.
Ocorreram três transferências na Fundação do núcleo de povoamento São Cristovão:
·         1590-Barra do Rio Sergipe (atual Cotinguiba)
·         1596-Colina próximo ao Rio Poxim
·         1610- Margens do Rio Paramopama (afluente do Rio Vasa-Barris)

Os motivos das transferências tinham o objetivo de cada vez mais ficarem longe dos ataques franceses e se situarem próximos aos engenhos que iam se formando.Além de serem locais estratégicos, sempre localizados em partes altas, pois assim podia-se ter uma visão geral do território.

Na segunda parte são apresentadas as visões historiográficas de Sergio Buarque e Raminelli.
Na visão de Sérgio Buarque de Holanda havia uma grande diferença entre as vilas construídas pelos espanhóis e as construídas pelos portugueses. Isso se relacionava intimamente com a questão do cuidado de cada um desses. Segundo Buarque, os espanhóis adentraram os sertões e formaram vilas planejadas e aplainadas mostrando-se preocupados com a organização destas, além disso trouxeram os mesmos mecanismos de administração da metrópole, tentando retratar o país natal, como por exemplo a escolha do sertão se deu pelo fato do clima ser mais ameno que no litoral. Já os portugueses com o seu desejo de lucro, eram pouco preocupados com a organização da vila, construindo casas em picos com difícil acesso, ficando evidente o desleixo, tendo a preocupação somente com o lucro rápido.
Raminelli mostra que as vilas construídas pelos portugueses não tinham somente função econômica, confronto com Buarque, defendendo a idéia de que a fundação da vila serviu para estabelecer o poder da Coroa, neutralizando os desmandos dos senhores de engenho e a disseminação do catolicismo, estando presente um grande numero de construções religiosas.
Para Raminelli, se não houvesse a vila Sergipe seria uma mera propriedade dos Senhores de Engenho, dificultando assim a dominação do território pela Coroa.

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