Quem foi Garcia D’Ávila?
· Garcia D’Ávila1° chega em 1551 com a tropa de Tomé de Souza, sendo escolhido como almoxarife e em troca dos seus trabalhos ganha 2 sesmarias e duas vacas. A partir daí começa a desenvolver uma economia pecuarista. Quando Tomé de Souza é expulso do Brasil, Garcia com apenas 24 anos já possui um império através do desenvolvimento das suas atividades com o gado e também das terras herdadas de Tomé de Souza, suspeito de ser seu pai, mas que era negligenciado uma vez que Sesmeiros ou governadores não podiam doar terras a parente.
· Primeiro fazendeiro brasileiro
· Impasses com os missionários que eram contra a escravização dos índios.
· Garcia D’Ávila foi um grande pecuarista, e para conseguir mais territórios e poder financia guerras, mata e escraviza índios e interessado em lucrar financia, através de alimentos, armamentos e homens, a conquista de Sergipe em 1590, aliado a Cristovão de Barros, pois via em Sergipe um local estratégico para a escoação do gado, além de obter mais terras.
· Não podemos, apesar de todos os massacres, julgar Garcia D’Ávila como um vilão, pois este homem é fruto do seu tempo, da sua cultura, e que seguia rigorosamente o que havia aprendido.
Casa da Torre de Garcia D’Ávila
· Símbolo do Patriarcalismo
· Ponto estratégico, visão tanto do litoral quanto do Sertão.
· Construída por Garcia D’Ávila primeiro em 15551 e concluída em 1624 pelo seu neto, Francisco Dias de Ávila Caramuru, que foi um grande criador de gado e conseguiu aumentar o território dos D’Ávilas.
· Construção atendendo a interesses políticos. Garcia seguiu todos os requerimentos da Coroa na construção da Casa, que dizia: A casa deve possuir um forte, com um local estratégico que possa ter olhar de vários extremos.
· Serviu tanto como residência quanto para efeitos políticos e militares.
· Parada estratégica para descanso e abastecimento de tropas.
· Sede do maior latifúndio do mundo no Brasil, indo da Praia do Forte até o Maranhão.
· Seus sucessores recebem o poder da Casa da Torre através do regime de Morgadio (poder passado hereditariamente para os homens da família, sendo que se não houvesse filho para a sucessão se escolhia parentes mais próximos, sendo exigido apenas homens. A partir do séc. XVIII, o controle e a administração passa para a família Pires de Carvalho e Albuquerque, devido a extinção do tronco masculino dos Ávila.
· Em 1852 morre Pires de Albuquerque, último herdeiro da Casa da Torre, herdada de sua mãe. A partir dessa data, com o morgado extinto no Brasil o Castelo é abandonado e no final do séc. XIX já se encontra em ruínas.
Relação entre a Casa da Torre de Garcia D’Ávila e a Pecuária
Pecuária:
· Base fundamental da economia da Casa da Torre
· Fama dos Currais que se espalharam nas principais ribeiras do Nordeste.
· Exploração de forma direta pela sujeição de foreiros que geravam renda para a Casa.
· Ponto de partida para o desenvolvimento de outras atividades econômicas.
· Os empreendimentos da Casa da Torre que iniciaram com os primeiros currais do 1° Garcia D’Ávila multiplicaram-se através das gerações que procuravam ampliar seu patrimônio da Casa com destaque para Francisco Dias de Ávila, neto, grande pecuarista que conseguiu aumentar o território da Casa da Torre.
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